Muito praticado por quem visa a perda de peso, o jejum intermitente precisa ser realizado de uma maneira adequada para ser efetivo.
Segundo o nutricionista Sidney Veloso, definir a forma ideal depende “do objetivo, do cotidiano, da intensidade dos exercícios físicos, da estratégia nutricional, da cetoadaptação, da flexibilidade mitocondrial, de patologias – diabetes, principalmente – e da idade”, ensina.
Abaixo, o profissional detalhe melhor cada um desses casos:
Objetivo
Quando buscamos a perda de peso, jejuns de 16h a 18h, de duas três vezes na semana, auxiliam no processo de biogênese mitocondrial, betaoxidação e cetoadaptação. Pessoas com dificuldade em ganhar massa muscular ou que estão em um processo de hipertrofia, por sua vez, não podem ultrapassar 12h de jejum. Voltado à autofagia, também podem ser feitos jejuns mais longos, de 18h a 24h, por uma ou duas vezes na semana, porém, sempre aconselhado por um profissional e de acordo com a sua capacidade de cetoadaptação.
Intensidade do exercício
Quanto maior a intensidade do treino, menor o tempo de jejum. Em exercícios de força, o glicogênio é imprescindível para a performance. Nesses casos, não é indicado jejuns superiores a 16h no dia do treino.
Estratégias nutricionais e capacidade de cetoadaptação
Ao começar uma redução moderada de carboidratos, comece com um jejum fisiológico de, no mínimo, 12h, todos os dias e 14h, duas vezes na semana. De acordo com a cetoadaptação, inclua jejuns de 16h, duas vezes na semana, até chegar às 18h, três vezes na semana. Durante esse ciclo, períodos com estratégias cetogênicas potencializam a flexibilidade metabólica, otimizando a resposta ao jejum.
Patologias
Não indico jejum para pessoas com distúrbios emocionais e alimentares, e nem a quem tem diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2 com disglicemia.
Idade
A crianças que estão em fase de crescimento ou idosos, indico apenas jejum fisiológico de 12h, visto que o primeiro grupo necessita de um suporte adequado de nutrientes ao longo do dia, enquanto o segundo pode perder o apetite com o envelhecimento. Ao fazer uma redução do período alimentado, eles podem não suportar a demanda. Ademais, os idosos possuem uma menor capacidade digestiva, sendo interessante periodizar a alimentação em mais refeições.