Uma pedra com uma inscrição em grego em que se lê "Abençoada Maria, que viveu uma vida imaculada" foi encontrada no Parque Nacional Nitzana, localizado no deserto de Neguev, próximo à fronteira de Israel com o Egito. Com 25 centímetros de diâmetro, a pedra era parte da lápide de uma mulher que morou na região há cerca de 1.400 anos.
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Segundo a Autoridade de Antiguidades de Israel, a pedra foi encontrada por um trabalhador que cuidava da manutenção do Parque Nacional. “O Nitzana é conhecido como um local-chave na pesquisa sobre a transição entre o período bizantino e o período islâmico inicial", explicou Tali Erickson-Gini, membro da instituição governamental, em comunicado.
Nitzana foi fundada já no século 3 a.C. como uma "estação rodoviária" em uma importante rota comercial do povo nabateu. Estima-se que o lugar foi habitado intermitentemente por cerca de 1300 anos, até que foi abandonado no século 10 a.C.
"Durante os séculos 5 e 6 d.C., Nitzana atuou como um centro para as aldeias e povoados nas proximidades", afirmou Erickson-Gini. "Entre outras coisas, tinha uma fortaleza militar, bem como igrejas, um mosteiro e uma estação rodoviária que servia aos peregrinos cristãos em viagem para Santa Katarina, que os crentes consideravam como o local do Monte Sinai."
A pedra funerária encontrada recentemente é mais uma dos vários artefatos do tipo descobertos na região que homenageiam cristãos enterrados nas igrejas e cemitérios ao redor de Nitzana. "Ao contrário de outras cidades antigas no Neguev, muito pouco se sabe sobre os cemitérios ao redor de Nitzana", contou o arqueólogo israelense Pablo Betzer. "A descoberta de qualquer inscrição como essa pode melhorar nossa definição dos limites dos cemitérios, ajudando assim a reconstruir os limites do próprio assentamento, que ainda não foram verificados."