Uma opção mais simples e líquida do que os imóveis é investir em fundos imobiliários nos EUA. Os chamados REITs (real estate investment trust) são muito semelhantes aos fundos imobiliários brasileiros: distribuem boa parte da renda gerada (90%), investem majoritariamente em imóveis ou títulos relacionados a imóveis (75%) e possuem cotas negociadas em Bolsa. Os principais tipos são:
- REITs de capital: compram imóveis e depois obtêm receitas principalmente do aluguel de suas propriedades. São popularmente chamados “fundos de tijolo” no Brasil;
- REITs hipotecários: investem em hipotecas de propriedades e suas receitas são geradas principalmente pelos juros sobre os empréstimos hipotecários;
REITs híbridos: combinam as duas estratégias de investimentos anteriores;
- ETFs de REITs: investem em diversos REITs, diversificando os investimentos.
Existem mais de 300 REITs de capital aberto com cotas negociadas nos EUA e o volume médio diário de transações mais do que quadruplicou nos últimos três anos. O retorno em aluguéis de um REIT costuma ficar entre 3% e 6% ao ano – o que é muito bom considerando os juros americanos e que o valor dos imóveis nos EUA costuma subir de acordo com a inflação, já que a taxa de retorno dessa aplicação será igual aos aluguéis recebidos mais a valorização das propriedades. Mas atenção a uma informação muito importante: no caso do investidor brasileiro ou de outros países, o governo americano retém diretamente na fonte o imposto sobre os dividendos (30%), o que também inclui os aluguéis pagos pelos REITs. Isso deve ser levado em conta antes de tomar a decisão de investimento.