A presidente do Sindicato dos Fisioterapeutas do Piauí (Sinfito-PI), Auriane Coutinho, denunciou que vários profissionais não foram informados previamente sobre os descontos nos salários pela Fundação Municipal de Saúde. Disse ainda que a redução do pagamento do adicional de insalubridade para quem continua trabalhando em setor covid não deveria acontecer.
"De ontem para hoje foi liberado o espelho do contracheque e quando os profissionais foram olhar seus contracheques, foram surpreendidos com várias alterações. Uma delas foi a redução do adicional de insalubridade de 40% para 20%, alguns tiveram o adicional zerado, sendo que esses profissionais continuam trabalhando em área covid então pelo grau de exposição deveriam continuar recebendo o adicional", explicou.
Ela também citou problemas de logística ocasionados pela ausência de profissionais. "Em algumas escalas, não está sendo respeitado o quantitativo necessário de fisioterapeuta por número de leitos, de pacientes em alguns locais está ficando um fisioterapeuta para o atendimento de até vinte pessoas. O que é impossível e não está de acordo com a regulamentação do Conselho Federal."
Em nota, a FMS afirma que não teve redução real de salários dos profissionais que trabalham na área da saúde de Teresina. "Os salários, insalubridade e plantão estão sendo pagos rigorosamente em dia. O que houve foi o fim do acréscimo temporário(até dia 31 de dezembro de 2020) de 20% no valor da insalubridade que foi autorizado em pelo Governo Federal, através do Ministério da Saúde, com aporte de recursos específico para essa finalidade. No caso de segundo turno, também está sendo pago para os servidores cujos setores comprovem a necessidade. A FMS informa ainda que todas as medidas foram discutidas com as diretorias e informadas ao sindicato da categoria".
Na terça-feira (02), a categoria realizará uma manifestação em frente a prefeitura municipal de Teresina.