Uma reportagem da revista “ISTOÉ”, publicada nessa semana, mostrou que em 2017 diversos deputados viajaram para o exterior, onde visitaram cassinos e assistiram shows, com despesas pagas pela Câmara dos Deputados, ou seja, recursos públicos.
De acordo com a reportagem, foram gastos “R$ 1,6 milhão somente em diárias para viagens ao exterior, para destinos como o Caribe, Inglaterra, Portugal, Itália, Espanha e Estados Unidos”.
A reportagem mostra que os dados foram confirmados junto ao portal de Transparência da Câmara, afirmando que “os parlamentares fizeram, em 2017, 286 viagens ao exterior. Foram pagas 1.312 diárias a um total de 184 deputados. O destino mais visitado foi Nova York, com 100 viagens. Para Lisboa, foram 23. Para Jerusalém, 17. Roma e Cidade do Panamá, 16”.
Cassinos de luxo foram os locais mais procurados pelos deputados. Os gastos são exorbitantes. Nas famosas cidades de Xangai, Macau e Hon Kong, por exemplo, o consumo dos parlamentares somou R$ 63 mil.
Lá, segundo a reportagem, Herculano Passos (MDB-SP), Damião Feliciano (PDT-PB), Weliton Prado (PROS-MG), Hildo Rocha (MDB-MA), Lelo Coimbra (MDB-ES), Evandro Roman (PSB-PR), Jaime Martins (PROS-MG) e José Rocha (PR-BA) tiveram “aula sobre exploração de jogos de fortuna e azar”, proibidos no Brasil.
Os parlamentares também sabem apreciar a boa cultura. O deputado Fernando Coutinho (PROS-PE) assistiu, gratuitamente, os show dos padres Marcelo Rossi e Fábio de Melo no Circo Massimo.
Em novembro do ano passado, após discussão sobre a legalização dos jogos no país, os parlamentares viajaram em busca de experiência sobre o assunto.
A reportagem aponta que o “próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), organizou sua excursão. Em novembro, ele e nove deputados usaram o avião da FAB para viajar a Israel, Palestina, Itália e Portugal. No périplo, visitaram o Museu do Holocausto, em Israel e a Basílica da Natividade, em Belém. Custo total: R$ 88 mil”.