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Política Gestão
05/04/2019 11h52 Atualizada há 6 anos
Por: Jornalista Milton Atanazio

Vélez diz que não vai entregar o cargo de ministro

 

O ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez disse nesta sexta (5) no fórum empresarial Lide, em Campos do Jordão, que não vai entregar o cargo.

Ministro da Educação diz que não vai entregar o cargo
Ministro da Educação diz que não vai entregar o cargo

A declaração foi dada após o presidente Jair Bolsonaro indicar que pode demiti-lo no início da próxima semana. Vélez disse, ainda, que não falou com Bolsonaro.

Perguntado sobre se sairia do ministério, Vélez disse que "agora não". Sobre a declaração de Bolsonaro, Vélez disse que não tinha sido informado.

"Eu, pessoalmente, não tenho notícia disso. Pergunta a quem é de direito, quem falou isso. Eu pretendo participar do fórum e não vou entregar o cargo", declarou.

Na manhã desta sexta, Bolsonaro disse a jornalistas em um café da manhã no Palácio do Planalto que "está bastante claro que não está dando certo" o trabalho de Vélez no Ministério da Educação. Segundo ele, "está faltando gestão" na pasta.

"Segunda-feira vai ser o dia do 'fico ou não fico'", disse o presidente. "Na segunda tira a aliança da mão direita e, ou vai para a esquerda ou vai para a gaveta", disse Bolsonaro.

Vélez está envolvido em uma série de crises, polêmicas e revezes.

A mais recente foi a declaração dada em entrevista ao jornal Valor Econômico de que pretendia revisar livros didáticos sobre o golpe de 1964 e a ditadura militar.

Vélez disse que “os livros serão entregues aos cientistas da área da reconstituição desse passado para realmente termos consciência do que fomos, do que somos e do que seremos”.

As declarações do ministro repercutiram entre educadores e historiadores, que afirmaram que a revisão dos livros didáticos seria um retrocesso.

Confira abaixo os principais pontos polêmicos da gestão Vélez:

  • Livros didáticos: em janeiro, o edital para compra de livros escolares foi publicado com a permissão de aquisição de obras com erros e propagandas. Os materiais também não precisariam retratar a diversidade étnica e o compromisso com ações de combate à violência contra a mulher. No dia seguinte, o edital foi anulado.
  • Inep: ainda em janeiro, a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) Maria Inês Fini, no cargo há 3 anos, foi exonerada. O ex-professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marcus Vinicius Rodrigues foi nomeado para o cargo. Dois meses depois, também foi demitido. Ele saiu da pasta dizendo que não há comunicação dentro do MEC.
  • Alfabetização: após a extinção da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), a expectativa era que as crianças fossem avaliadas no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). No entanto, a portaria do Saeb foi publicada sem essa previsão. Um dia depois, foi anulada.
  • Trocas no cargo 'número 2' do MEC: quatro nomes foram anunciados para o cargo de secretário-executivo do MEC em três meses de gestão.
  • Frases polêmicas: Vélez disse que o brasileiro seria "canibal" ao viajar: "Rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião; ele acha que sai de casa e pode carregar tudo. Esse é o tipo de coisa que tem de ser revertido na escola", declarou. O Congresso pediu que ele fosse se explicar. Em documento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o Vélez disse que foi “infeliz” ao fazer a declaração. Em outra ocasião, Vélez afirmou que a universidade não seria para todos.
  • Educação moral e cívica e retomada do Projeto Rondon: Vélez publicou um vídeo anunciando que a "educação moral e cívica" voltaria às escolas e que retomaria o Projeto Rondon, mas não disse como.
  • Slogan de campanha e filmagem ilegal de crianças: Vélez enviou uma carta a todas as escolas do país pedindo para que fosse lido o slogan de campanha de Bolsonaro e que as crianças fossem filmadas cantando o Hino Nacional. A leitura do slogan pode ferir a Constituição, e a gravação de crianças sem autorização dos responsáveis vai contra o Estatuto da Criança e do Adolescente.
  • Enem: o Inep, vinculado ao MEC, criou uma comissão para fiscalizar o conteúdo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O grupo deveria fazer uma "leitura transversal" das questões que compõem o Banco Nacional de Itens para "verificar a sua pertinência com a realidade social". A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal (MPF) pediu esclarecimentos.

 

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Fonte: g1
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